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Alto custo de pagamento de médicos provoca déficit na Santa Casa, afirma Frei Bento

julho 17, 2015
– NOVA GESTÃO –
Crise na Santa Casa termina em entrevista coletiva.

Crise na Santa Casa termina em entrevista coletiva.

Nesta sexta-feira (17), em entrevista coletiva à imprensa, a Prefeitura Municipal de Tatuí anunciou uma gestão compartilhada entre a Santa Casa de Misericórdia de Tatuí e a São Bento Saúde, representada pelo frei Bento Aguiar. A municipalidade também participa desta  gestão compartilhada afirma o prefeito José Manoel Correa Coelho (Manu).

Durante a entrevista, frei Bento Aguiar apontou alguns desafios que deverá enfrentar nos próximos dias. “Além da dívida que se arrasta há mais de 10 anos, há também o aumento da demanda por serviços, também das cidades da região, a saída de um plano de saúde que representa R$ 300 mil a menos todo mês, além do alto custo empregado no pagamento de médicos que acaba gerando um enorme déficit”, disse o representante da ordem religiosa. Ele acrescenta que  “a partir de segunda-feira, iniciaremos um estudo aprofundado nas contas e iremos nos debruçar sobre a parte administrativa do hospital”. A Prefeitura de Tatuí está confiante que com esta providência possa minimizar o problema na Santa Casa. Demonstrando ter muita fé, o Departamento de Comunicação expediu um “press release” e informa que “a empresa de Frei Bento Aguiar é especialista na gestão de hospitais públicos e filantrópicos e  salvou muitos da falência. A São Bento está há 20 anos do mercado e atuou com êxito nos hospitais de Aparecida do Norte, Presidente Prudente, Bragança Paulista e Barretos”. Participaram da entrevista o prefeito José Manoel Correa Coelho (Manu),  vice-prefeito Vicente Menezes,  provedora Nanete Walti de Lima,  frei Bento Aguiar,  diretoras municipais de saúde Vera das Dores e Sandra Santos e os vereadores Antônio Marcos de Abreu, Dione Batista, José Eduardo Morais Perbelini e Rosana Nochele Pontes Pereira.

FALTA DE RECURSOS IMPEDE FUNCIONAMENTO DA SANTA CASA

Atraso de repasses, falta de recursos e atraso de pagamentos foram os motivos para que funcionários da Santa Casa de Misericórdia de Tatuí quase entrassem em greve na terça-feira passada e agravassem ainda mais a situação do único hospital que atende a população conveniada com o SUS. Na terça-feira à noite a situação não era satisfatória no hospital tatuiano. Segundo informações obtidas pela reportagem do Jornal Integração, por volta de 22 horas, quatro pacientes estavam sendo atendidos no pronto socorro municipal e aguardavam internação na Santa Casa. Um funcionário explica que estas pessoas estavam mais bem atendidas no pronto socorro, porque na Santa Casa não havia nem medicamentos. Esta informação foi confirmada em uma entrevista coletiva na quinta-feira (16), com o corpo clínico da Santa Casa. Nesta entrevista, foi explicado que os procedimentos não estavam sendo feitos por falta de material e até alimentação para os pacientes. O médico Giancarlo Grandino disse que “todos os médicos estavam atendendo normalmente, dentro das possibilidades do material existente na Santa Casa”. Neste encontro ficou visível que uma medida urgente deve ser tomada para sanar o problema. A reportagem do Jornal Integração indagou se procedia informação de que o prefeito Manu anunciaria na sexta-feira (17) uma possível solução para o problema que enfrenta a Santa Casa. Nem mesmo representantes da assessoria de imprensa da Prefeitura souberam responder sobre a gestão compartilhada entre a Santa Casa e a São Bento Saúde, anunciada nesta sexta-feira na Prefeitura Municipal.

Pagamento saiu com atraso

Segundo consta, o pagamento dos funcionários, que deveria sair no quinto dia útil do mês,  saiu na terça-feira (14), depois que a Prefeitura de Tatuí repassou a verba obrigatória do Governo Federal (SUS). O repasse chegou na quarta-feira (8), às 16h35, na Prefeitura. Quinta-feira foi feriado, sexta-feira não houve expediente e a verba chegou na contabilidade do hospital somente no dia 13 de julho, informa uma pessoa ligada ao Sindicato Único dos Empregados em Estabelecimentos de Saúde de Sorocaba e Região (Sinsaúde).

A Santa Casa de Tatuí passa por sérios problemas financeiros desde que a Unimed Tatuí se instalou em seu hospital próprio. Um funcionário informa que existe um andar inteiro fechado na ala de internação, que era utilizado pela Unimed. E para a Santa Casa resta apenas a verba repassada pelo SUS e subvenções da Prefeitura. Na terça-feira (14), houve diversas reuniões com a participação da provedora Nanete Walti Lima. Uma delas foi com anestesistas e procedimentos médicos estavam sendo cancelados.  Nesta noite, em contato com a reportagem deste semanário, Nanete estava visivelmente abatida e nem quis responder se o prefeito estava colaborando na solução do hospital.

Dia 27 de junho, no ato de lançamento da pedra fundamental da Nefrotat, clínica de hemodiálise a ser construída em Tatuí, o prefeito José Manoel Correa Coelho (Manu), em seu discurso, informou que na semana anterior, acompanhado de prefeitos da região, foi reivindicar  verba para a Santa Casa na Secretaria Estadual da Saúde, em São Paulo. Manu afirma que os representantes políticos da região receberam “sonoro não do secretário David Uip às demandas pleiteadas”. É de se estranhar este posicionamento do secretário Davi Uip. Segundo consta, a Santa Casa também faz parte de oferta de vagas para atendimento, através de agendamento da Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde (CROSS). Este sistema é uma regulação de acesso da população na área hospitalar e ambulatorial da Secretaria de Estado da Saúde. Ao participar deste programa, a Santa Casa deve  atender pacientes da região.

Em Tatuí, seguramente, 75% da população de 115 mil habitantes (dados recentes do IBGE) depende do serviço público de saúde. Caso não haja uma ação efetiva e imediata por parte do Poder Público, a situação tende a piorar ainda mais na Santa Casa. Há alguns dias, a direção do hospital estuda a possibilidade de uma administração compartilhada com uma instituição particular. Nesta sexta-feira (17) tudo ficou no nível da retórica e os pacientes chegam ao hospital. Enquanto a solução não se concretiza, o prefeito José Manoel Correa Coelho (Manu), como representante do Poder Público, deveria  repassar uma verba emergencial para continuidade dos serviços hospitalares. Caso haja inércia por parte do Poder Público Municipal para solucionar graves problemas de saúde pública que afligem a população, o ato omisso pode suscitar  efetiva ação por parte do Ministério Público. A autoridade competente em solucionar a questão de saúde no município, no caso o prefeito municipal, estará sujeito a uma Ação Civil Pública ou Ação por Improbidade Administrativa.

Santa Casa deve Fechar o Ano com Deficit de R$ 2 Milhões

dezembro 11, 2014
Nanete Walti de Lima é a atual provedora da Santa Casa.

Nanete Walti de Lima é a atual provedora da Santa Casa.

A Santa Casa de Misericórdia de Tatuí deve fechar o ano de 2014 com um deficit em torno de R$ 2 milhões. Na quarta-feira (10), em reunião da diretoria esta informação foi disponibilizada pela direção do hospital aos membros que integram a Provedoria.

Até o mês de outubro, o deficit na entidade já registrava R$ 1.513.533,71. No ano passado, o deficit ficou em R$ 2,38 milhões. Segundo a tesouraria do hospital, o prejuízo mensal da entidade é em torno de R$ 230 mil. A falta de recursos, segundo a tesouraria, é pela baixa remuneração paga pelos serviços prestados ao SUS (Sistema Único de Saúde). Os salários dos funcionários da Santa Casa do mês de novembro ainda não estavam pagos na quarta-feira (10). Segundo foi explicado, aguardava-se um repasse da Prefeitura de Tatuí para a regularização, o que poderia ocorrer ainda no dia 10.

Para 2015, a projeção é que sem mais recursos, o único hospital poderá atingir novo deficit. Na reunião, foi feita uma projeção para o próximo ano, Segundo as contas oficiais, a entidade necessita obter no mínimo R$ 28 milhões para que os serviços continuem dentro da normalidade.

Eleição da Provedoria está marcada

Na última reunião da diretoria em 2014, definiram-se detalhes da próxima eleição da Provedoria. Ela deverá ocorrer no próximo dia 9 de janeiro de 2015, com o prazo para o registro de chapas até o dia 30 de dezembro deste ano. Podem participar das eleições apenas os sócios da Santa Casa, devidamente regularizados e em acordo com o Estatuto da Entidade. A diretoria eleita no ano de 2015 irá comandar o hospital nos próximos quatro anos.

Santa Casa é Tema de Debate na Sessão da Câmara

fevereiro 21, 2014
Vereador Marquinho está preocupado com "déficit" do hospital.

Vereador Marquinho está preocupado com “déficit” do hospital.

Na terça-feira (18), não houve discussão e votação de projetos de lei na sessão da Câmara Municipal. Os vereadores debateram diversos assuntos apresentados nas indicações e requerimentos e um deles se refere à situação financeira da Santa Casa de Tatuí. A discussão foi motivada principalmente por requerimentos assinados pelo parlamentar Antonio Marcos de Abreu (PP) e endereçados à provedora do hospital, Nanete Walti.

Em um dos requerimentos, o vereador pede que a provedora informe quais providências estão sendo tomadas, para cobrir o “déficit” do hospital, considerando que, em 2013, este fechou suas contas com “déficit” superior a dois milhões de reais. Em outro, o parlamentar requer informações sobre as providências tomadas e planejadas para suprir a necessidade financeira que ocorrerá quando o plano de saúde Unimed deixar ou diminuir as internações na casa de saúde, considerando a inauguração de seu hospital próprio.

E por fim, Marquinho requer da provedora e do tesoureiro do hospital que informem de quanto é o “déficit” que a Santa Casa de Tatuí absorve para atender pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), com relação aos valores pagos por internações (AIHs).

O vereador disse que está preocupado com o “déficit” e a provedoria não pode ficar aguardando passivamente a entrada de recursos no hospital. Segundo Marquinho, que faz parte da diretoria, no cargo de vice-provedor, existem convênios de saúde aguardando respostas para iniciar tratativas e trabalhar junto ao hospital há mais de um mês. “Isso já tinha de ser respondido ontem”, ironizou o parlamentar.

Sessão extraordinária

Na tarde da sexta-feira (14), os parlamentares reuniram-se em sessão extraordinária não remunerada, para discutir e votar um projeto de autoria do Poder Executivo, que autoriza a municipalidade a “desafetar” e doar imóveis urbanos à Companhia de Desenvolvimento Habitacional Urbano (CDHU), no Jardim Nova Europa, para a construção de residências, que serão destinadas à remoção dos moradores remanescentes da área de risco conhecida como Jardim Europa.

A propositura traz a descrição detalhada dos lotes que serão doados, com suas respectivas quadras e matrículas individualizadas, para atender as normas da CDHU. São citados os lotes de nºs 37 a 56, na Quadra “B”, com as matrículas de nºs 79907 a 79926, localizados nas Ruas José Roberto da Silva e José Carlos Alves, onde a CDHU implantará o projeto “Jardim Nova Europa – Conjunto Habitacional Tatuí F”, segundo convênio firmado com o município de Tatuí. A propositura foi aprovada pela edilidade.

SUS passa a ofertar vacina contra HPV a partir de 10 de março

janeiro 23, 2014

A meta é vacinar 80% do público-alvo, formado por 5,2 milhões de meninas. O vírus HPV é uma das principais causas do câncer do colo de útero, terceiro tipo mais frequente entre as mulheres.

A vacina contra o Papiloma Vírus Humano (HPV), usada na prevenção do câncer de colo do útero, passa a ser ofertada no Sistema Único de Saúde (SUS) a partir de 10 de março, para meninas de 11 a 13 anos. A estratégia de vacinação nas unidades da rede pública do país e nas escolas, além da campanha de mobilização ao público-alvo, foram apresentadas, nesta quarta-feira (22), pelo Ministério da Saúde.

A vacina estará disponível nos 36 mil postos da rede pública durante todo o ano, como parte da rotina de imunização. O Ministério da Saúde, no entanto, está incentivando às secretarias estaduais e municipais de saúde que promovam, em parceria com as secretarias de educação, a vacinação em escolas públicas e privadas. Para orientar esta mobilização, já foi distribuído informe técnico aos estados e municípios e, em fevereiro, inicia a capacitação a distância aos profissionais de saúde e professores. Também está previsto reforço nas escolas sobre a importância da vacina para adolescentes, pais e professores, com distribuição do Guia Prático sobre HPV.

Ao anunciar a estratégia de vacinação, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, ressaltou a importância desta ação nas escolas. “A experiência mundial mostra que, quando combinamos vacinação com ambiente escolar, são alcançadas maiores coberturas”, ressaltou Padilha. O ministro aproveitou para fazer um apelo a entidades da sociedade civil e as igrejas para que ajudem no processo de conscientização, não apenas das meninas como também de seus pais sobre a importância desta imunização.

O ministro também explicou por que foi escolhida a faixa-etária de 9 a 13 anos para ser imunizada. “Esta é a faixa-etária em que a vacina contra HPV tem a melhor resposta. Nesta fase, a menina pré-adoelescente que tomar a vacina vai gerar mais anticorpos para se proteger contra o câncer de colo do útero”, observou Padilha.

DOSES – Para receber a dose, basta apresentar o cartão de vacinação ou documento de identificação. Cada adolescente deverá tomar três doses para completar a proteção, sendo que a segunda, seis meses depois, e a terceira, cinco anos após a primeira dose. Neste ano, será vacinado o primeiro grupo (11 a 13 anos). Em 2015, a vacina passa a ser oferecida para as adolescentes de 9 a 11 anos e em 2016 às meninas de 9 anos.

A meta do Ministério da Saúde é vacinar 80% do público-alvo, composto por 5,2 milhões de meninas. O vírus HPV é uma das principais causas de ocorrência do câncer do colo de útero – terceira maior taxa de incidência entre os cânceres que atingem as mulheres, atrás apenas do de mama e de cólon e reto.

A coordenadora do Programa Nacional de Imunizações (PNI), Carla Domingues, explicou que a vacina contra HPV é uma mais eficazes do Calendário Nacional, com proteção de 98% contra o câncer do colo do útero. “Vamos fazer um monitoramento de todas as doses aplicadas nas meninas e busca ativa para garantir o complemento do calendário vacinal”, afirmou a coordenadora.

Para o primeiro ano de vacinação, o Ministério da Saúde adquiriu 15 milhões de doses. Será utilizada a vacina quadrivalente, recomendada pela Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), que confere proteção contra quatro subtipos (6, 11, 16 e 18). Os subtipos 16 e 18 são responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer de colo do útero em todo mundo.

CAMPANHA – O Ministério da Saúde preparou uma campanha informativa para orientar a população sobre a importância da prevenção contra o câncer do colo de útero. Com tema “Cada menina é de um jeito, mas todas precisam de proteção”, as peças convocam as meninas para se vacinar. Na campanha, as mulheres também são alertadas de que a prevenção do câncer de colo do útero deve ser permanente. As informações serão veiculadas por meio de cartazes, spot de rádio, filme para TV, anúncio em revistas, outdoors e campanhas na internet, especialmente nas redes sociais.

AVALIAÇÃO – O Ministério da Saúde vai realizar estudos sobre o impacto da incorporação da vacina no SUS para avaliar a redução da prevalência de HPV em adolescentes. Também serão desenvolvidos estudos epidemiológicos com objetivo de monitorar a incidência e mortalidade do câncer do colo do útero, entre outras análises.

SEGURANÇA – A vacina contra HPV tem eficácia comprovada para proteger mulheres que ainda não iniciaram a vida sexual e, por isso, não tiveram nenhum contato com o vírus. Hoje, é utilizada como estratégia de saúde pública em 51 países, por meio de programas nacionais de imunização. Estimativas indicam que, até 2013, foram distribuídas cerca de 175 milhões de doses da vacina em todo o mundo. A sua segurança é reforçada pelo Conselho Consultivo Global sobre Segurança de Vacinas da Organização Mundial de Saúde (OMS).

SOBRE O HPV – É um vírus transmitido pelo contato direto com pele ou mucosas infectadas por meio de relação sexual. Também pode ser transmitido da mãe para filho no momento do parto. 

Estimativa da Organização Mundial da Saúde aponta que 290 milhões de mulheres no mundo são portadoras da doença, sendo 32% infectadas pelos tipos 16 e 18. Em relação ao câncer de colo do útero, estimativas apontam que 270 mil mulheres, no mundo, morrem devido à doença. Neste ano, o Instituto Nacional do Câncer estima o surgimento de 15 mil novos casos e cerca de 4.800 óbitos. O Ministério da Saúde orienta que mulheres na faixa etária dos 25 aos 64 anos façam o exame preventivo, o Papanicolau, anualmente. A vacina não substitui a realização do exame preventivo e nem o uso do preservativo nas relações sexuais. (Fonte: Ascom/MS)


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