No fim de semana do feriado prolongado (12 de outubro), centenas de peixes de várias espécies foram encontrados mortos por moradores nas margens dos rios Sorocaba e Sarapuí. O problema de poluição no estado de São Paulo é de competência da CETESB, com a obrigação de averiguar todos os focos de poluição de mananciais da região.
O número de peixes mortos chama a atenção porque a quantidade impressiona. Quando se fala em centenas, pelo que consta em imagens da TV regional pode se transformar em milhares. A morte dos peixes nestes dois mananciais é preocupante. Cerquilho, Laranjal Paulista, Boituva, Iperó e Tatuí abastecem seus moradores com a água captada nos rios Sorocaba e Sarapuí.
O Jornal Integração entrou em contato com ambientalistas da região. Seus relatos aterrorizam e a situação é muito mais grave do que se imagina. Um problema apontado é a conexão com o Rio Pirajibu, uma verdadeira fonte de esgoto humano proveniente de Mairinque, Alumínio e Itu. O Pirajibu é afluente do rio Sorocaba, nasce em Alumínio, passa por Mairinque, contorna Itu e desemboca em Sorocaba. Segundo consta, desde 2017 era para funciona a ETE na cidade de Mairinque. Um ambientalista informa que prorrogaram para 2020 e, no dia 5 de outubro, anunciaram que será inaugurada em 2021, para tratar apenas 40%. Ao dar esta informação desabafa a este semanário que “esta situação é lamentável”.
Outro problema apontado são indicações de fluoreto em níveis acima de 0.6 no Rio Sorocaba, limite sugerido para água tratável para uso humano. Acrescenta-se os dias com calor acima do normal para a primavera, cinzas de queimadas, levadas pelas chuvas recentes aos leitos dos rios, tudo contribui para a morte dos peixes. Sem contar com uma suposta poluição através de bauxita para processamento do alumínio
Um integrante do grupo que debatia com o Jornal Integração, de forma irônica, disse que desta vez “passou a boiada” na região. E complementa: “altas temperaturas, baixa vazões dos rios, concentração de poluentes, especialmente os nutrientes, é uma bomba para a qualidade da água e ecossistemas. Mas, como nada disso é novidade, quais as medidas que estão sendo tomadas, efetivamente?, questiona. Imagem da TV Tem.
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